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domingo, 5 de fevereiro de 2012

4 de Janeiro 2010

Há tanto tempo atrás disseste-me que a melhor maneira de deixarmos de estar a pensar sobre um assunto que não nos sai do coração é escrever sobre ele. Por isso, vim escrever sobre o dia 4 de Janeiro de 2010. Apenas porque não páro de pensar nele. Apenas porque me tem apetecido revê-lo, milhões de vezes, nestes últimos dias.
Por vezes, tenho a sensação, que este dia aconteceu ontem. Mas, já se passaram dois anos. Dois. Tantos dias. Tantos momentos. Tantas estórias vividas desde então. Mas este dia não me sai do pensamento. Pergunto-me se sabes que foi neste dia que percebi que estava apaixonada por ti. Sabias?
Honestamente, eu já tinha percebido que a minha vida rodava à tua volta, que eras uma das duas pessoas que eu mais adorava e com quem não conseguia viver, mas eu tentava, a todo o custo, mentalizar-me que eras apenas o meu melhor amigo.Toda esta minha luta interior, para não te deixar perceber que estava apaixonada por ti, acabou no dia 4.01. Porquê? Porque tu estavas triste. Simples assim. Estavas calado, mal falavas comigo e me respondias. Lembro-me de tentar perceber o que tinhas e de sentir o meu coração desfazer-se por achar que tinha sido eu a magoar-te, por achar que te estavas a afastar de mim e que iria perder a tua amizade. Lembro-me de quando te perguntei se estavas tão calado e pensativo por algo relacionado comigo. Disseste que sim. Mas também disseste que eu não fizera nada. Lembro-me da confusão na minha mente. Lembro-me do aperto no peito. E lembro-me de quando disseste: Vou dar uma volta.
E foste. Foste e eu fiquei especada a sentir o meu mundo ruir. Fiquei sem perceber o que te causara eu. Magoara-te? A ti? Àquela pessoa que eu jamais queria magoar? O meu coração batia forte dentro do meu peito, como se fosse explodir. O meu estômago deu uma volta tão grande que achei que ia vomitar com os nervos. E eu só conseguia pensar: volta, volta, por favor e explica-me o que se passou.
E voltaste! Poucas horas depois. E eu percebi que estavas assim, daquela maneira, por algo relacionado comigo mas que eu não tinha feito nada. Era apenas algo que alguém iria fazer e que me envolvia a mim (que me desiludiria) e tu estavas daquela maneira, tão calado, por estares preocupado com o que poderia acontecer. Não, nunca me disseste o que pensavas nem o que se passara, esta conclusão foi apenas minha (tendo em conta o que se passou nos dias seguintes). Mas o mais importante para mim nesse dia foi quando voltaste. Eu disse-te:
Voltaste.
E tu disseste-me:
Claro que sim. Achavas que não voltava?
Achava. Tinha medo que nunca mais voltasses. Porque como iria eu viver sem ti após ter confessado a mim mesma, nesse dia, que estava apaixonada por ti?
Este dia, 4 de Janeiro de 2010, é dos mais importante para mim. E hoje, por qualquer razão que não sei qual, apeteceu-me escrever sobre ele.

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