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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Há pessoas que não entendem um "não estou interessada, obrigada"

Na semana passada recebi, pelo correio, uma carta do banco onde tenho a minha conta, essa carta era um contrato de um crédito de mil e tal euros que eu simplesmente rasguei sem me dar ao trabalho de ler. Não gosto de créditos, tão simples quanto isso. De momento créditos é algo que não me faz sentido, afinal prefiro não ter algo fútil a endividar-me, por isso, por não me fazer sentido algum, nem liguei à carta. Há uns 4 dias atrás ligaram-me para o telemóvel, era do mesmo banco, a perguntar se podiam falar comigo. Podiam mas eu não tinha bateria e não estava em casa, ficaram de ligar noutra altura. Ligaram 2 dias depois, estava eu nas compras com a minha melhor amiga, pois que também disse que não podia estar a falar. Ligaram-me ontem à noite e como a minha paciência era pouca, após um dia de trabalho, rejeitei a chamada. Ligaram-me hoje ao começo da tarde e decidi atender com a esperança de que esta fosse a última vez que me ligavam.
Senhora do banco - Era para lhe falar sobre a carta que recebeu em sua casa, referente a um crédito de 1150 euros. Recebeu a carta?
Polly - Sim.
Senhora do banco - Leu a proposta que estava no contrato?
Polly - Não, pois não estou interessada em créditos.
Senhora do banco - Não está interessada, muito bem. Mas olhe, não tem nenhum projecto onde o dinheiro lhe faça falta?
Polly - Não.
Senhora do banco - Nem nenhuma outra dívida de outro crédito que pretenda amortizar? Podia utilizar este dinheiro.
Polly - Não tenho, eu não gosto de créditos, não tenho dívida alguma.
Senhora do banco - E não gostava de fazer obras na sua casa? Mobílias novas? Trocar de carro?
Neste momento já eu estava a contar mentalmente até 100 para não mandar a mulher ir dar uma curva.
Polly - Olhe, eu não estou realmente interessada.
Senhora do banco - Mas sabe que se vier a um balcão do banco pode ter um crédito de valor menor, com as mesmas regalias e sem burocracia alguma. Nem precisa de fiador, é realmente um crédito muito bom.
Polly - Mas eu continuo a não estar interessada.
Senhora do banco - A proposta mantém-se até ao final deste ano, se mudar de ideias.
Polly - Isso não vai acontecer.
Senhora do banco - Tem mais alguma dúvida?
Polly - Dúvida? Eu não tinha dúvida alguma, foi você que me ligou, eu já lhe disse que não estou interessada em nada.
Senhora do banco - Pois muito bem, se precisar de algo não hesite em nos contactar ou em dirigir-se a um dos nossos balcões.
Polly - Sim, eu sei.
Senhora do banco - Então, tenha uma boa tarde.
Polly - Obrigada, igualmente. (desliguei)
Estas conversas deixam-me num misto de emoções. Por um lado irritam-me, mas por outro deixam-me um bocado solidária com quem liga, pois a pessoa está só a fazer o trabalho que lhe compete. Mas que estes telefonemas são chatos, são!

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