Quem sou?

terça-feira, 6 de março de 2012

E quem se lixa sou eu

Por norma eu não faço reclamações, não aponto defeitos às pessoas e não tenho o hábito de acusar ninguém. Mas, sou o tipo de pessoa que gosta de admitir os erros que comete e, por justiça, adorava que as restantes pessoas o fizessem. Só que eu esqueço-me que as restantes pessoas muitas das vezes não o fazem. E quem se lixa sou eu, que tenho essa mania de preferir ser prejudicada do que prejudicar. É um defeito, começo a achar. Mais do que uma qualidade, já que regra geral lixo-me.
Hoje aconteceu mais um momento desses.
Estava eu a trabalhar, muito sossegada, dentro da minha sala quando uma colega minha de trabalho apareceu. Essa minha colega estava a acabar de comer as suas bolachas e uma das miúdas que estava na minha sala comentou isso mesmo. Após o comentário a minha colega (a J.) entregou-lhe a última bolacha do pacote (pois só lhe restava isso). Eu vi tudo isso a acontecer mas não disse nada, afinal a J. é a que está logo a seguir à minha chefe, por isso pensei "Se ela está a quebrar uma regra, problema dela e não meu." Pois, erro meu! Dez segundos após a J. sair da minha sala aparece a minha chefe e viu a miúda a acabar de comer a bolachas. A miúda em questão (a S.) é uma das "rotuladas", é a faladora, a preguiçosa, a que quebra regras, etc, etc, etc - eu, pessoalmente, acho-a muito genuina, simpática e atenciosa, no fundo, é uma das miúdas com quem me dou melhor. Então, juntem a miúda "mais mal comportada" mais quebrar a regra de "não se come na sala" e o que obtêm? Um ralhete. Por último eu é que acabei por ser a culpada por não ter impedido o sucedido. Nesse momento já a J. tinha voltado à minha sala (ao ouvir o que se passava) mas não foi capaz de dizer que tinha sido ela a culpada da situação. Eu - que sou burra! - também não disse. A miúda, a S., é que se virou e disse "A Polly não viu sequer eu a comer, ela não teve culpa."
Não me custou muito ter levado com as culpas. Não achei que seria bom da minha parte acusar a J., não valia a pena aumentar a situação. O que custou foi quando, após algum tempo, a S.veio ter comigo e disse "peço desculpa se te arranjei problemas."
Não arranjou. Não houve problema, propriamente. Mas o que me custou foi ter sido ela a pedir desculpas e não a pessoa que provocou a situação.
Há um motivo para eu preferir os jovens com quem trabalho do que as minhas colegas. Há mais de 1 ano que é assim e creio que assim continuará a ser.

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