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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dos meus sentimentos

Ao longo dos últimos dias fui tendo provas que tenho uma barreira montada no meu coração. A vida avança e vai pregando partidas, daquelas bem dolorosas, mas eu tenho aguentado todas elas. Acredito que na semana passada mudei. O que me aconteceu, o quanto a minha vida desmoronou, fez-me mudar. Fez-me cair de um lugar bem alto. Demasiado alto. E após isso eu criei uma barreira no meu coração, porque sinto que ele não suporta mais dor.
Tudo o que se tem passado desde então bate nessa barreira, e sim magoa, e sim deixa-me preocupada e aflita, mas eu não posso permitir que o meu coração se parta mais. Então refaço a barreira, monto as pedras uma e outra vez de modo a proteger os pedaços do meu coração.
O engraçado é que dou por mim a tentar ser o mais racional possível, em todas as situações. Tento ver o que pode acontecer, medir as atitudes dos outros e as minhas, prever as consequências dos actos, só para estar preparada. Só para saber o que dizer/fazer primeiro. Mas, mais engraçado ainda, foi o aumento da minha fé.
Tenho escrito no postal, que o homem da minha vida me deu, que eu tenho uma fé inabalável. Este postal tem anos, já. Essa minha fé, que ele considerava inabalável na altura, aumentou. Dou por mim a aguentar os golpes da vida e apenas a ter fé no futuro. Fé em Deus. Muita fé em Deus, mais do que alguma vez tive. E fé nele. Muita fé nele. E fé na minha melhor amiga. E fé. Apenas fé. Em tudo, no fundo. E isso é o mais engraçado. Como foi preciso o meu coração despedarçar-se - como nunca antes - para a minha fé aumentar. Foi curioso como foi preciso eu cair num dos abismos mais profundos apenas para me fortalecer.
Em tempos tive uma barreira que protegia o meu coração. Agora voltei a ter. Voltei a construi-la. E, admito, por um lado assusta-me ter de novo uma barreira, pois tenho receio que não volte a ser desmontada. Mas, ao mesmo tempo, preciso dela, para me proteger. Para aguentar todos estes dias. E todos os dias que ainda estão para vir.

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