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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Racionalizar

Não é fácil. E doeu-me como tudo. Hoje passei por vários estágios. Acordei triste, mais deprimida do que qualquer outra coisa. No meu pensamento existiam palavras, as palavras de ontem, a rodarem e rodarem. Para ajudar à festa decidi revê-las (literalmente), várias vezes. Após a tristeza aconteceu algo que nunca me tinha acontecido. Passei por estágios de revolta, desilusão e quase irritação com o sucedido. Depois voltou a depressão. Uma grande depressão. Tão grande que me custava falar, tão simples quanto isso, abrir a boca e produzir uma frase era doloroso.
Mas não sei o que ocorreu depois. Foi do mais estranho que já me aconteceu. Ao final da manhã o meu cérebro virou ao contrário e eu fiquei anestesiada de tal modo que passei a tarde num estado de espírito normal. Sim, se pensar no assunto (o que acontece a cada 10 segundos) sinto algo despedaçar dentro de mim. Mas o meu cérebro reage de uma maneira esquisita agora, parece que se recusa a aceitar, o que vistas bem as coisas é normal em mim. Sempre tive uma maneira estranha de lidar com excessos de dor. A minha maneira é refugir-me num lugar qualquer da minha mente onde aquela dor não existe. Quer dizer, eu sei a verdade, eu vivo na verdade, mas o meu cérebro revitaliza. Dói como tudo, e dói-me tudo, mas ainda assim, é melhor do que o estado depressivo em que me encontrei ontem e esta manhã. Portanto, vivas ao meu cérebro que funciona de uma maneira muito esquisita, mas que é só assim que eu consigo sobreviver a grandes estágios de dor perante a vida.
Resumindo: não se preocupem comigo, porque está tudo bem. Pois. É isso.

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