Quem sou?

domingo, 13 de novembro de 2011

Onde raio anda a crise?

Hoje ao abrir a minha carteira dei pela falta do meu cartão de cidadão. "Oh não, perdi-o". Entrei em pânico. Sou uma pessoa que DETESTA perder coisas, ainda para mais cartões. Detesto! Procurei em todos os cantos da carteira (podia ter guardado num outro compartimento), na mala (que tem um fundo enorme, sempre digo que é a mala da Mary Poppins) e por casa. Não consegui encontrar. Pensei onde o tinha visto pela última vez. Fácil. Na loja da TMN, a meio da semana, quando fui pedir a 2ª via do meu cartão. Um pouco a contragosto lá fui eu ao centro comercial perguntar se o meu cartão tinha ficado na loja. Tinha! Felizmente. Como estava por lá decidi ir dar uma volta mas arrependi-me bem depressa. As lojas estavam cheias, algumas com filas monstras. As pessoas andava com imensos sacos de compras nas mãos. E o centro comercial estava CHEIO. Mas quando eu digo cheio é mesmo cheio. Daquele tipo de cheio em que uma pessoa tem de ir de mão dada com outra para não se afastarem. Daquele tipo de cheio que me dá ataques claustrofóbicos.
As pessoas falam e falam. Queixam-se e queixam-se. Mas o estranho é que eu há muitos meses que não via um centro comercial tão cheio. Podem dizer que é devido ao tempo. Sim, meus caros podem e eu concordaria, mas se fosse do tempo as pessoas não andavam carregadas de sacos e as filas nas lojas não chegavam quase à porta. Não é do tempo, era apenas puro consumismo. Não vi, naquele centro comercial, nenhum sinal de crise. Muito pelo contrário, parecia que todas as pessoas tinham ganho o euromilhões.
Pois bem, eu entrei lá de mão vazias e sai de lá de mãos a abanar. Mas isso sou eu, que nem cartão de multibanco levo na carteira, porque sei perfeitamente que não vou gastar dinheiro, não vou andar a comprar aquilo que não preciso. Porque se há algo que me irrita nas pessoas é estas dizerem que têm de contar os cêntimos até ao final do mês porque mal têm para comer, mas depois andam a comprar este mundo e o outro em roupa, acessórios e bens menos necessários. Enfim. Prioridades.

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