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quarta-feira, 27 de julho de 2011

A vida adulta em 4 passos

Eu conheço vários tipos de casais, mas a categoria mais ampla são aqueles que namoram apenas porque querem ter um/a namorado/a. É giro, suponho. Aquelas pessoas que decidem namorar com a pessoa X porque esta gosta deles, e pronto, vão namorando e passado meses acostumaram-se, e continua a ser giro. São casais que discutem por dá lá aquela palha, e que se acham os senhores da razão, ou seja, a nível de casal são os únicos que estão certos. Conheço vários casais deste género. E este é o primeiro passo de uma vida adulta - Namorar.
Após algum tempo de namoro, que ronda, usualmente, vários meses, decidem dar o passo seguinte: Casar. Porque é giro. E digo isto pois já pessoas casadas me disseram "Oh casei com ele/a, mas podia ser com outro/a qualquer." Não compreendo este pensamento, mas tudo bem. Portanto, é giro casar, é giro gastar um dinheirão numa festa de casamento e brincar às casinhas. Porque amor, esse, nem vê-lo.
Pois bem, após o casamento o que decidem fazer? Ter filhos. Plural, quase sempre. Dois ou três, de preferência um a seguir ao outro que é para não quebrar a rotina. Pode ser até que os filhos venham trazer algum amor e juntem o casal. Não creio que aconteça.
Então, após estes três passos, fica só a faltar um. E digo isto porque tenho visto acontecer, cada vez com mais frequência. Casais novos que casaram há meia dúzia de anos, têm 2 ou 3 filhos pequenitos, decidem apenas divorciar-se.
É claro que quando se começa a namorar sem existir aquilo a que as pessoas chamam de amor (e que tão poucas pessoas sabem o que é, mas utilizam a palavra com facilidade), a relação, raramente, terá um futuro sólido. Juntar falta de amor, ao dia-a-dia, aos feitios de cada um, às responsabilidades e aos filhos, o resultado só pode ser um.
E, infelizmente, tenho vindo a reparar que hoje em dia é tão fácil começar um relação como terminá-la após anos de convivência. Porque as pessoas têm, cada vez mais, facilidade em deixar de gostar, segundo dizem. Eu apenas digo que então é porque, se calhar, nunca gostaram como achavam. Mas se não gostam, não arrastem crianças para o meio de discussões e lutas de adultos (que por vezes são mais irresponsáveis que as próprias crianças).

P.S - Lembrei-me deste texto após ter descoberto mais um casal jovem, com duas filhas pequenitas, que se divorciou.

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